Bom, volto a postar depois de ter sido submetido a uma cirurgia ocular, que foi simples e bem conduzida. Aproveito pra agradecer o carinho e a atenção de todos.
Enfim...e ontem, hein?! O apagão afetou a vida de milhões de pessoas por quase 5 horas.
Segundo o ONS - Operador Nacional do Sistema, o apagão teve início às 22h13min, e a energia foi sendo reestabelecida durante o resto da noite da terça-feira e na madrugada de quarta. O ONS ainda divulgou que o fenômeno atingiu 18 estados, além de provocar os desligamentos de duas usinas nucleares: Angra1 e Angra 2, ambas situadas no Rio de Janeiro.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que problema com três linhas de transmissão que recebem energia produzida na Usina de Itaipu podem ter causado o apagão. O secretário ainda comentou sobre a condição metereológica na região de Itaberá (SP), onde passam três circuitos de Itaipu que ligam as regiões Sul e Sudeste. Acrescentou que a proteção para contingência tripla é economicamente e tecnicamente inviável, e nosso sistema só tem proteção para contingência dupla. Com a saída dessas linhas, a Usina Hidrelétrica de Itaipu passou a "girar no vazio", sem ter como transmitir a energia produzida.
Agora, registro a situação mais importante e essencial para nossas reflexões e debates: qual a saída imediata para um problema inesperado de transmissão de energia como esse? Afinal, dependemos dessa energia.
Tomando como exemplo o apagão de ontem, vimos como somos dependentes e como são ínfimas as nossas alternativas para superar uma surpresa como essa. O trânsito vira um caos; semáforos não funcionam, os motoristas não se respeitam e tudo vira uma grande baderna. O sistema de transporte público, especialmente de São Paulo e Rio de Janeiro, foi substancialmente afetado. Cito ainda a fragilidade do nosso sistema público de saúde; alguns dos hospitais não têm capacidade de atuar com geradores, e não importa se é 1 hospital, ou se são 10, o que importa é que nesses hospitais há pacientes - pessoas- que necessitam de aparelhos para se manterem vivos.
Espero que todos contribuam com essa discussão.
Até mais...