Clipping Diario do Grande ABC
Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
Eleito pela comunidade acadêmica com 69,72% dos votos, o reitor da FSA (Fundação Santo André), José Amilton de Souza, foi empossado na manhã de ontem pelo prefeito Carlos Grana (PT). Entre os desafios de sua gestão, Souza destaca a dificuldade financeira vivenciada pela instituição de ensino e a necessidade de manutenção estrutural do campus. No prazo de 90 dias, o reitor apresentará planejamento estratégico para os próximos quatro anos comobjetivo de recolocar a faculdade entre as principais da região.
“Ainda estamos analisando o tamanho da dívida. Não tivemos todos os dados porque fizemos uma transição truncada”, ressalta Souza. Segundo ele, um dos principais entraves é a existência de pendência financeira junto à Receita Federal, o que acaba inibindo qualquer possibilidade de parceria junto ao poder público. “A reitoria antiga falava em algo em torno de R$ 15 milhões a R$ 30 milhões, mas não sabemos exatamente”, destaca.
Uma das ações anunciadas é que reitor, vice-reitora e os três pró-reitores abdicaram de 15% do salário. O montante de cerca de R$ 1 milhão por ano será utilizado, segundo Souza, para a manutenção de equipamentos como a biblioteca, tida como uma das prioridades. “Não vamos fazer no afogadilho. Temos cautela. Precisamos dar respostas de maneira pontual a todas as reivindicações”, observa.
REIVINDICAÇÃO
Durante a cerimônia, grupo de alunos do Diretório Acadêmico Honestino Guimarães, da Fundação Santo André, estendeu faixa reivindicando a devolução da sede dos estudantes, localizada abaixo do pátio central, que foi desativada em 2007. Além disso, os alunos pedem políticas para auxiliar os inadimplentes. “Estamos perdendo muitos alunos, porque aqueles que não conseguem pagar acabam abandonando o curso, já que não tem negociação”, destaca o jovem Herick Alves Costa.
Em relação à sede para alunos, o reitor espera cumprir a promessa de campanha e devolver o espaço à comunidade no prazo de quatro meses. Segundo ele, o local abriga documentos públicos da FSA e, por isso, é preciso responsabilidade na realocação do material. “Será espaço de todos os alunos e todas as instituições estudantis”, garante. Apesar de informar que continuará cobrando os inadimplentes com rigor, tendo em vista que a faculdade depende das mensalidades para sobreviver, Sousa destaca que deseja encontrar maneiras de renegociar com os alunos.
A instituição tem atualmente 7.600 alunos e 312 professores.
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