quarta-feira, 2 de abril de 2014

Terremoto no Chile causa 5 mortes; tsunami é descartado

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Tremor de 8,2 graus na escala Richter foi registrado no litoral norte do país

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Chilenos se refugiam em hospital após alerta de tsunami na costa do país
Chilenos se refugiam em hospital após alerta de tsunami na costa do país - Francesco Degasperi/AFP
(Atualizado à 3h59)
Um terremoto de 8,2 graus na escala Richter atingiu o litoral norte do Chile na noite desta terça-feira e deixou ao menos cinco mortos – quatro homens e uma mulher –, informou o ministro chileno do Interior, Rodrigo Peñailillo. Segundo ele, as causas das mortes foram ataques cardíacos e um desabamento.
O tremor provocou um alerta de risco de tsunami em toda a costa do país que durou mais de três horas – o alerta foi cancelado durante a madrugada para o litoral sul e central, mas permanece na costa norte até as 6 horas desta quarta, advertiu o governo chileno. Apesar disso, o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico, adminstrado pelo governo dos Estados Unidos, já descartou qualquer perigo do fenômeno atingir o litoral.
O centro disse que o boletim com essa avaliação será a versão final, a não ser que haja informações adicionais. "Para todas as áreas cobertas por esse centro, o alerta de tsunami e observação foi cancelado", informou. O órgão argumentou que as leituras do nível do mar indicam que um tsunami foi formado e que poderia ter sido destrutivo ao longo da costa chilena, mas decorridas duas horas após o tempo estimado de impacto sem nenhuma grande onda, "as autoridades locais podem assumir que a ameaça passou".
Segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do terremoto, que aconteceu às 20h46 no mar, foi localizado a 99 quilômetros da costa na altura da cidade de Iquique, na província de mesmo nome. O órgão também informou que o terremoto ocorreu 20 quilômetros abaixo do solo oceânico, profundidade considerada rasa, o que teria feito com que o evento fosse sentido com mais força.
Os serviços sismológicos do Chile e do Exército local também emitiram alertas de tsunami. De acordo com o jornal chileno El Mercurio, o Escritório Nacional de Emergência do país pediu para que a população deixe preventivamente as regiões costeiras da província de Arica e Parinacota e de Tarapacá, na província de Iquique, norte do país. As autoridades calcularam que uma onda de até 2,1 metros poderia atingir a costa. Os alertas foram emitidos por canais de TV e emissoras de rádio. 
Zona de desastre – A presidente do Chile, Michelle Bachelet, declarou como zona de desastre as regiões de Arica e Parinacota e de Tarapacá. A primeira ficará sob o comando do brigadeiro do Exército Miguel Alfonso Bellet e a segunda ficará sob as ordens do general da Força Aérea Arturo Merino Núñez. A intenção, disse Bachelet, é "controlar a ordem pública e evitar situações de saque e desordem, juntamente com colaborar com as autoridades da região nos trabalhos de ajuda, que já começaram".
Segundo o jornal El Mercurio, engarrafamentos passaram a ser registrados nas estradas que saem dessas regiões conforme a população tomava conhecimento do alerta. Também foram registradas quedas de energia, mas a imprensa chilena ainda não reportou danos significativos nas regiões afetadas. "Reiteramos que a população deve manter a calma e efetue a evacuação de maneira tranquila e ordenada", afirmou Ricardo Toro, chefe do Escritório Nacional de Emergência.
Durante toda a madrugada, dezenas de milhares de habitantes das regiões afetadas deixam suas casas em cumprimento à operação. Elas se dirigem para áreas mais altas em relação ao nível do mar.
A presidente elogiou o fato de o alerta de tsunami ter sido emitido de um modo veloz e afirmou que se observou uma retirada ordenada das pessoas na região costeira do Chile. Ela pediu que os habitantes das zonas afetadas mantenham a calma e sigam as instruções das autoridades.
Réplicas – Após o terremoto, foram registradas pelo menos 29 réplicas pelo Centro Sismólogico do Chile – a mais forte chegou a 6 graus. Segundo o jornal La Tercera, o tremor foi sentido até na Bolívia. Por volta de 22 horas o alerta de tsunami foi estendido para as costas do Peru, Equador e Colômbia. Cerca de duas horas depois, foi reduzido apenas para Chile e Peru e posteriormente cancelado para a costa sul chilena.  
Em fevereiro de 2010, um terremoto de magnitude 8,8 gerou um tsunami com ondas de 2,6 metros que causou danos na costa do Chile e provocou o envio de alertas para mais de 50 países. 

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