Clipping Diario do Grande ABC
Os volumes consideram todos os tipos de operações de crédito, tanto para pessoas físicas quanto às empresas.
Em dezembro, segundo o BC, o endividamento das famílias sobre a renda atingiu 45,49%, maior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2005. Assim, com contas e mais contas para liquidar, os consumidores deixam um pouco de lado as novas operações de crédito, observa o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo e coordenador do Observatório Econômico da instituição de ensino, Sandro Maskio.
“Existe uma tendência, que veio se formando no ano passado, de estagnação na demanda por crédito no Grande ABC. Isso porque tem ocorrido a redução da capacidade do endividamento das famílias”, afirma Maskio.
Outro ponto chave que explica a contenção das famílias na demanda por novas operações de crédito é o encarecimento dele. De um ano para cá a taxa básica de juros, a Selic, tem sido elevada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, de 7,25% ao ano para os atuais 11% ao ano.
Como ferramenta para tentar controlar o avanço da inflação oficial do País, o governo federal utiliza o aumento da Selic. Os bancos, por sua vez, a utilizam como base da precificação dos empréstimos, que naturalmente também encareceram nesse período. O objetivo é segurar um pouco o consumo, ou seja, fazer com que as famílias apertem o cinto na hora de gastar. Como impacto da redução na procura, os preços começam a subir menos ou a se estabilizar.
O incremento da Selic também tem reflexo nas empresas, que são, igualmente, muito sensíveis aos aumentos dos juros. Outro fator que contribui para que as companhias diminuam o interesse por novas contratações é o cenário de incertezas para 2014 – principalmente por causa da Copa do Mundo de futebol e das eleições –, o que inibe novos investimentos.
MUNICÍPIOS - Seis das sete cidades da região apresentaram crescimento no saldo de crédito na comparação entre 2013 e 2012. As maiores ascensões ocorreram em: Rio Grande da Serra, da ordem de 55%, com R$ 46,63 milhões no fim de dezembro; São Caetano, com alta de 19,28% e R$ 3,93 bilhões, e Mauá, com 19,25% de acréscimo, para R$ 1,3 bilhão.
Em seguida, aparecem Diadema (9,99%), Ribeirão Pires (8,31%) e São Bernardo (5,69%). Apenas Santo André apresentou queda, de 8%.
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