segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Todos contra a pedofilia


A luta contra a pedofilia avançou significativamente quando o Plano de Trabalho da CPI foi aprovado em março de 2008. Ainda nos três primeiros meses do ano passado, a SaferNet recebeu mais de 35 mil denúncias de pedofilia. Assim, fica fácil de perceber que a pedofilia é uma realidade e que devemos combatê-la.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, “pedofilia é a ocorrência de práticas sexuais entre um indivíduo maior de 16 anos e uma criança na pré-puberdade”. Já a psicanálise encara a pedofilia como uma perversão sexual, não exatamente uma doença, mas uma parafilia, um distúrbio psíquico que se caracteriza pela obsessão por práticas sexuais não aceitas pela sociedade, como o exibicionismo e o sadomasoquismo. Ambas as classificações se afastam do sentido literal da palavra “pedofilia” - vocábulo de origem grega, cujo significado é amor ou amizade por crianças.
O abuso causa conseqüências terríveis à criança violentada, que passa a viver uma situação de sofrimento, que pode se tornar um trauma à pessoa. O trauma se desenvolve porque aquele que deveria proteger é quem está abusando. Há uma inversão de papel: o protetor torna-se agressor e isso desestabiliza a criança, que pode sofrer danos referentes à sua estrutura e ao seu cérebro, incluindo aquelas funções que desempenham papéis importantes no funcionamento da memória e das emoções.
Dentre os veículos de propaganda de erotismo infantil, a internet é o maior. No primeiro semestre deste ano, a SaferNet recebeu mais de 25 mil denúncias referentes à pornografia infantil.
Em vista desse problema, e também com o intuito de preencher lacunas na legislação, foi aprovado o Projeto de Lei 3773/08, que dispõe: adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeos e outra forma de registro que contenha cenas de sexo explícito ou de pornografia envolvendo criança ou adolescente acarreta na pena de reclusão, de 1 a 4 anos, e multa. Ou seja, a posse deste tipo de material também se tornou ilegal.
No contexto em que estamos inseridos, é possível perceber que a sociedade trabalha a questão da criança sob a pressão da economia, do trabalho da mulher, da produtividade e das relações entre a família.
Desta forma, essas circunstâncias são postas à frente da criança e a relação afetiva vai perdendo força. Por conta disso é que se diz que alguns cuidados podem ser tomados dentro de casa, e a melhor maneira de conscientizar a criança é o diálogo.

Um comentário:

  1. No Brasil, este tema ter que ser tratado ainda com maior atenção, mas já estamos progredindo através da cpi do segmento presidida pelo excelentissimo senador Magno Malta, no qual tenho grande apreço, e em nossa cidade temos que nos mobilizar para que naum aconteçam cosos como no nordeste de nosso país.

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